Em todos os tipos de deficiência, quanto mais precoce é o diagnóstico e mais cedo se iniciam as intervenções adequadas, maiores e melhores são as chances de desenvolvimento da criança.
Uma deficiência auditiva ou visual às vezes demoram até a idade escolar para serem detectadas, quando na verdade podem ser analisadas muito antes.
O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), outro exemplo, ainda é exclusivamente clínico, feito por médico especialista com o apoio de avaliações de outras áreas. É muito importante que a avaliação seja feita de forma multidisciplinar. E quanto menor a criança diagnosticada, mais tempo tem a família para se adaptar à nova realidade e lidar com a carga social que a deficiência traz.
Os primeiros sintomas pode vir muito cedo, com a criança apresentando atraso na fala, dificuldades de brincar e de socializar. O TEA pode ser detectado cedo (aos 18 meses já é possível ), mas muitas crianças vão até a adolescência sem diagnóstico, logo, sem a ajuda que precisam para seu desenvolvimento.
Uma vez que contamos com a maravilhosa neuroplasticidade cerebral, que é a capacidade constante do cérebro de (re)aprender e desenvolver novos caminhos e soluções para nossas dificuldades neurológicas e psicomotoras, os pais precisam estar atentos aos seus bebês, e insistir na busca de respostas quando os médicos falam “está tudo bem, mãezinha”, “está tudo bem, papai”. Por que às vezes não está tudo bem.